[Resenha] No meio do caminho tinha um amor

17 de janeiro de 2017
No Meio do Caminho tinha um Amor
Autor (a): Matheus Rocha
Editora: Sextante
Número de Páginas: 176

Sinopse: ‘Eu achava que o amor existia, mas não era pra mim. Você foi a prova que eu estive errado por muito tempo!' – Matheus Rocha. Às vezes, a gente insiste em viver um relacionamento que já chegou ao final faz tempo. Tentamos resistir, fazer de tudo para durar mais, lutando para trazer de volta os momentos mágicos do início. Mas, quando o amor acaba, no lugar do conforto e do carinho que existiam só restam feridas que vão doer por um bom tempo e deixar cicatrizes que não desaparecerão. Porque o amor nem sempre é para sempre. Com o fim vem a tristeza, a saudade, a mágoa, o desespero e a vontade de nunca mais sentir aquela dor. Aí fechamos as portas ao perigo de sermos machucados outra vez, mas também à chance de sermos amados de novo. Um belo dia, quando as lágrimas já secaram e nos esquecemos do desconforto, com muito cuidado abrimos uma fresta só para ver a vida lá fora. E, assim como um raio de sol que entra por qualquer brecha, de repente uma vontade de recomeçar nos invade e tudo volta a fazer sentido. E, sem nem saber como, no meio do caminho avistamos novamente o amor – e a certeza de um novo começo!


Resenha:

O livro me chamou atenção primeiramente pelas lindas cores ali, presentes na capa. Outro motivo foi a fonte utilizada pra seu título, aflorando minha curiosidade.

Fiquei com aquela pulga atrás da orelha, pensando e tentando imaginar o que poderia encontrar ali, só sabia que seria algo com amor, conforme mencionava seu título.

Logo no início, começamos pelo fim. Exatamente assim: de trás pra frente, com os términos e suas lições, além das desilusões. De uma forma mais dura, Matheus soube deixar seu recado e, de certa forma, ensina com alguns conselhos nas entrelinhas. Foi o momento mais denso do livro, por ser um tema que costumeiramente encontramos em outros lugares por aí, sendo tratados de forma suave e pouco explorada, aqui ele fez o inverso e com maestria.

Na segunda parte do livro, e talvez a maior, encontramos sobre o “Meio” dos relacionamentos, desse sentimento que estamos começando a ter, ou no final dele, se ligarmos à primeira parte, mas no desenrolar vai surgindo uma certa esperança por algo doce e tranquilo. Entre as idas e vindas do amor e desilusões, essa parte foi a mais tranquila, a que deixou mensagens diretas tanto para o início como para o fim, deixou um rastro de tudo aquilo que encontramos no meio de tudo.

Na terceira e última parte, ele traz o “Início”, de uma forma poética até, repleta de esperança em seu coração e deixando no ar uma positividade em possíveis relacionamentos duradouros, com almas gêmeas, que muitas vezes podemos sim encontrar nosso amor e deixá-lo ir para depois voltar no tempo certo. O amor é um conjunto de: pessoa certa e momento certo, entre outros elementos. Se não tivemos parte disso, poderá ser mais um relacionamento vazio.

O título me chamou atenção por me fazer lembrar da obra de Carlos Drummond de Andrade – “No meio do caminho tinha uma pedra...”, mas aqui tínhamos o amor, que por vezes foge, por vezes se faz presente. Digamos assim que talvez seja uma escolha nossa estarmos preparados para possíveis fins? Que de alguma forma nos levará ao final feliz?


Trabalho caprichado da editora, lindas ilustrações e fonte ótima leitura, uma leitura agradável e rápida, indico a todos que acreditem no amor e para aqueles que não.

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