Minha Opinião:O Telephone

16 de dezembro de 2015
O Telephone
Autor: Luís Dill
Editora: Gaivota
Número de Páginas: 96
Sinopse: Histórias paralelas se desenrolam simultaneamente, mas em tempos diferentes. Como isso é possível? São os mistérios da tecnologia. Ou seriam da antiguidade?
Quando Vitor Hugo recebe de seus pais um presente inusitado, um telefone preto, bem antigo, com pê agá, mesmo, telephone, coisas estranhas começam a acontecer. Ligações misteriosas são recebidas e o garoto descobrirá detalhes de um passado inimaginável e que trouxe reflexos inclusive para o seu presente.
O telephone está tocando. Você não vai atender?
Trecho:
Uma a uma, Vitor Hugo enfia as balas no tambor do revólver calibre 38, cano de quatro polegadas. São seis projéteis no total. Frios e pesados ao toque. Corpos magros e dourados terminando em chumbo abaulado nas pontas. Pensa: onde está Amanayara? Ele tem 16 anos e consegue perceber com muita nitidez o poder ali concentrado. São balas para matar um homem.


Minha Opinião:
Sempre que escolho os livros dessa editora, já penso que vou me surpreender. E dessa vez não foi diferente. Tive uma feliz descoberta.

Conhecemos Vitor Hugo, um jovem que tem uma namorada ligada às questões ambientais e com pais carinhosos. Ele acaba de receber um presente inusitado: um telefone, daqueles antigos, com painel de discagem. Sem conseguir imaginar, mal sabe o que ele trará de aventuras e descobertas acerca do passado.

Depois de instalado e funcionando, ele tem um som pra lá de alto, chega a ser até assustador, em um primeiro momento. Sua namorada, Amanayara, acha um lindo presente e convence o rapaz a deixá-lo no quarto.

Depois de uma ligação aparentemente normal ele descobre que o telefone tem algo de especial, surpreendente.

Amanayara está na luta em preservar um espaço verde na cidade, mas Vitor não está tão empolgado como a moça, deixando-a chateada e pensativa em relação à vida dos dois.

Vitor tem um ato de coragem após Amanayara descobrir que os donos do terreno estão com tratores e equipamentos para levar tudo ao chão, na busca da construção de prédios; A menina fica encantada, pois ele foi o único que não foi à passeata e ajudou nesse dia tão importante e complicado.

Prefiro não comentar muito sobre o mistério do telefone, pois perderia toda a graça. O leitor deve ser surpreendido, assim como eu fui, mas garanto que no decorrer da história vamos descobrindo detalhes que no fim conseguimos unir todas as pontas soltas durante a leitura.

Encontramos na obra pontos importante da história do Brasil, coisas que já ouvimos de nossos avós, por exemplo, e que aqui são contadas de forma diferenciada.

A leitura é rápida. Em menos de uma hora consegui concluir. Talvez por querer chegar ao fim da história e descobrir o desfecho da obra, que é surpreendente.

O trabalho gráfico seguiu o padrão da editora, impecável e caprichoso, com fonte ótima para a leitura, capa linda e de acordo com a obra.


Indico a todos que gostam de leituras diferentes, que tem momentos de vai e volta entre presente e passado, com uma leitura leve e rápida.

1 Comentário

  1. Oi, Mari!
    A história deve ser bem leve mesmo...
    Eu só teria problemas com o nome da namorada. Nomes com muitas letras repetidas sempre foram um tormento pra mim.
    Beijos
    Balaio de Babados | Participe da promoção Natal do Babado

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